sábado, 18 de maio de 2013

Livro da Semana: Quase Tudo - Danuza Leão.

Bom Gente Linda
Vocês já sabem que eu sou apaixonada pelas crônicas da Danuza, isso é fato, forém, amei ler
também a biografia "quase" completa dela...como ela mesma fala...Ela é forte em suas
palavras, VERDADEIRA em suas histórias! Vale a pena a leitura!


"Aos quinze anos, Danuza Leão freqüentava a casa do pintor Di Cavalcanti. Aos dezenove  foi

 a primeira modelo brasileira a desfilar no exterior. Aos vinte, casou-se com um importante

dono de jornal que tinha o dobro da sua idade. Tempos depois, com três filhos pequenos,

separou-se para viver um grande amor com um cronista e compositor pobre. Aos quarenta e

poucos, já avó, comandou as noitadas das boates Regine's e Hippopotamus (o que lhe valeu

capa da revista 
Veja com o título "A grande dama da noite").

Danuza foi dona de butique, membro de júri de programa de auditório, relações-públicas,

entrevistadora de TV, produtora de novela, cronista social, e publicou um livro de enorme

sucesso sobre etiqueta moderna. E agora conta (quase) tudo de sua vida extraordinária

nestas deliciosas memórias. São muitas histórias alegres ou picantes de uma mulher que

sempre prezou sua independência, mas também episódios tristes de quem sofreu perdas

dolorosas.

E como se não bastasse tudo o que é sábia e generosamente narrado ao longo deste livro, há o 
gran finale 
com as melhores páginas que o leitor brasileiro provavelmente leu nos últimos

anos. Sem fazer pregações, sem dar receitas, sem propor panacéias, Danuza Leão oferece

com simplicidade e franqueza uma imensa lição de vida."

Da contra-capa do livro: companhiadasletras

 
Forte isso... pra se ouvi do pai...

"Quando eu tinha vinte e nove anos e era bem bonita - hoje me dou conta -, houve um momento em que engordei quatro quilos. Como sempre tinha sido um fiapo e continuava com cinqüenta e dois centímetros de cintura, mesmo depois de ter tido três filhos, dava para se perceber a diferença. Um dia fui almoçar na casa de meus pais, e, logo que entrei, meu pai me disse: “Danuza, você está um monstro”.
Monstro eu não podia estar, mas era outra pessoa; não só pelos tais quatro quilos, mas sobretudo porque, depois de terminar meu casamento com Samuel Wainer e ter tomado outro rumo na vida, com Antônio Maria, havia mudado de personalidade."



QUASE TUDO - Memórias
Editora: Companhia das Letras.
223 páginas. Autora: Danuza Leão. 

"Demorei a compreender o que meu pai quis me dizer, na sua franqueza: eu não era mais a mesma. Meio gordinha, usando saias mais compridas para cobrir as pernas, rindo discretamente, falando só coisas sensatas."


 Por já conhecer a autora, o livro atendeu minhas expectativas: uma leitura leve, interessante, recheada de curiosidades e nomes famosos. Danuza fala dessas coisas sem se deslumbrar, como quem já viu de tudo. Tenta nos dar a entender que ela é uma mulher de sorte, que apenas estava no lugar certo e na hora certa. Mas com tantos convites, festas, novas carreiras e paixões, a gente conclui que ela é uma mulher interessantíssima e muito capaz.
O livro mostra um mundo da qual apenas ouvimos falar, onde as pessoas são importantes se conhecem, resolvem dar um tempo e passam meses em Paris, participam de acontecimentos históricos quase sem querer e ganham carros de presente.


"No baile, eu era a mais chique - ou uma das - , mas só eu sei o que passei. O medo de quem pingasse uma gota de champanhe no vestido me impediu de me divertir, e de dois em dois minutos eu botava a mão na orelha pra ver se o brinco não tinha caído. Nunca sofri tanto. Quando voltei para o hotel, tirei cuidadosamente a roupa - quase acomodei o vestido na cama e dormi no chão, para não amarrotar -, guardei as esmeraldas e fiquei olhando para todo aquele luxo. Lá no fundo talvez eu achasse que, o dia em que uma mulher vestisse um lindo vestido de Chanel e usasse esmeraldas, tudo mudaria, ela passaria a ser outra, mas a verdade é que nada muda e você volta a ser a mesma pessoa de antes. E pensei que, mesmo adorando essas coisas maravilhosas - que, aliás, adoro -, não vale a pena fazer nenhum tipo de conecessão para tê-las, pois, quando a festa acaba, nada disso quer dizer nada, e nenhuma festa dura para sempre. "(p.154)

beijos , até a próxima... Sandra Falcão.

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